LIMMA RESPEITA VISIBILIDADE TRANS
jan 29, 2022
No dia nacional da visibilidade trans (29 de Janeiro), o Deputado LIMMA abre espaço em suas redes sociais para exaltar algumas personalidades transsexuais que são referência em suas áreas de atuação, rebatendo com muita competência toda a discriminação que ainda sofrem.
Dentre as personalidades homenageadas em suas redes, LIMMA destacou a primeira transexual eleita a um cargo político no Brasil, Kátia Tapety; a primeira deputada estadual trans do Brasil, a pernambucana Érica Malunguinho; a jogadora de vôlei Thiffany de Abreu, primeira transexual a integrar uma equipe esportista feminina no Brasil; e a assistente social e Gerente estadual de enfrentamento à LGBTfobia da SASC-PI, Joseane Borges, que também é a primeira mulher trans graduada no curso de serviço social.
Na publicação, LIMMA ainda destacou avanços destinados a esse público como o Ambulatório Estadual de Saúde Integral da População Trans e o reconhecimento legal do nome social.
Estamos no século XXI, mas o Brasil e o mundo ainda não sabem lidar com questões como orientação sexual e a discriminação que o público LGBTQIA+ ainda sofre. Para se ter ideia, o Brasil é um dos países que mais mata pessoas travestis e transexuais no mundo. Ou seja, o direito à vida dessas pessoas é constantemente ameaçado e violência e discriminação ainda são realidade para a maioria das pessoas transexuais e travestis no nosso país.
De acordo com a Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), um dos objetivos elencados pela comunidade é vencer a expectativa de vida de 35 anos. Isso mesmo, 35 anos é a média de vida dessa população no Brasil. Uma triste realidade que precisa ser transformada!
Ainda segundo a Antra, em 2019, foram registrados 124 assassinatos. Em 2020, mesmo em meio à pandemia de coronavírus, o país registrou 129 assassinatos de pessoas trans de 01 de janeiro a 31 de agosto, sendo um aumento de 70% em relação ao mesmo período em 2019.
Outro objetivo da luta pela visibilidade trans é a proteção das crianças trans. Crianças e adolescentes trans não raro sofrem violência doméstica e são até mesmo expulsos de casa por suas famílias. Em uma pesquisa feita pela Secretaria de Educação da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Intersexos (ABLGBT), 45% dos estudantes afirmam que já se sentiram inseguros devido à sua identidade de gênero no ambiente escolar. E ainda, com pequenas variações, de 70% a 85% da população trans já teriam abandonado a escola pelo menos uma vez na vida.
O nome social é aquele pelo qual uma pessoa se apresenta e quer ser reconhecida socialmente, ainda que não tenha retificado os documentos civis. Desde abril de 2016, o decreto nº 8.727 passou a reconhecer que, nas repartições e órgãos públicos federais, pessoas travestis e transexuais tenham sua identidade de gênero garantida e sejam tratadas pelo nome social.
Entretanto, ainda hoje existe bastante dificuldade em realizar a alteração do nome nos documentos em cartório. Mas, para além das mudanças legais, o preconceito e a falta de respeito ainda é a principal barreira para o respeito ao nome social. Na dúvida, pergunte como a pessoa quer ser chamada e respeite o nome e gênero que ela quer ser reconhecida. Não é difícil, é sinal de humanidade e respeito à dignidade da pessoa.
Em junho de 2019, o STF se manifestou em relação a falta de leis para a proteção da população LGBT e criminalizou a LGBTfobia. Transfobia é crime, pode e deve ser denunciada sempre que ocorrer e é nosso dever!
Texto: Christianne Melo Fonte: site ANTRA